A depressão é uma doença caracterizada por um estado de humor deprimido. A pessoa fica angustiada, desanimada, sente-se sem energia e uma tristeza profunda, às vezes acompanhada de tédio e indiferença. Quando os sentimentos são muitos e confusos, o indivíduo pode ter a impressão de que não tem sentimentos. As atividades normais do dia-a-dia passam a não ter mais importância e a pessoa passa a encarar até as tarefas mais simples como se fossem um grande esforço.
A vida perde a cor e a pessoa perde o interesse por tudo, inclusive seus hobbies preferidos, amigos e até o sexo. Há mudança do apetite (que pode aumentar ou diminuir), alterações do sono (sendo mais comum a insônia). Geralmente a pessoa deprimida prefere ficar isolada, num lugar onde possa ficar só. Assim, doença interfere com o trabalho e a vida da pessoa, podendo mudar até a maneira como o indivíduo pensa e/ou age.
A doença se manifesta quando há uma alteração na comunicação entre as células cerebrais, os neurônios, causando um desequilíbrio químico-fisiológico. Essa comunicação é realizada por substâncias chamadas neurotransmissores. No caso da depressão, são importantes duas dessas substâncias: a serotonina e a noradrenalina. Elas estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença.
O que causa a depressão?
Na doença depressiva nem sempre é possível descobrir quais acontecimentos levaram ao seu desenvolvimento. Na maioria das vezes é uma doença com apresenta múltiplas causas, que interagem umas com as outras levando à sua apresentação clínica. Acredita-se que haja uma base hereditária, já que pessoas com história familiar de depressão apresentam maiores chances de desenvolver a doença. Associados a isso, podemos ter os seguintes fatores:
• Acontecimentos na vida que levam a grande entristecimento: morte na família, crise e separação matrimonial, menopausa, parto, etc
Quem apresenta maior risco de desenvolver a depressão?
Alguns indivíduos apresentam maior risco de desenvolver depressão, como por exemplo:
• Pessoas que já tiveram depressão
Como dito anteriormente, os critérios para o diagnóstico da depressão baseiam-se rincipalmente na intensidade e duração dos sintomas. Em geral, os pacientes apresentam:
• Sentimentos de inutilidade, desamparo ou falta de esperança
Importante lembrar que a depressão pode manifestar-se também por sintomas físicos, como dores de estômago, dores de cabeça, dores pelo corpo e nas costas, pressão no peito, entre outros.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a depressão tem cura. É importante que ao perceber os sintomas, a pessoa procure atendimento médico pois quanto antes for iniciado o tratamento mais rápido o doente voltará à sua vida normal. O tratamento pode ser realizado com o uso de antidepressivos, psicoterapia ou com a associação dos dois. É fundamental o apoio e a participação de familiares e amigos no sucesso do tratamento.
Os antidepressivos constituem um grupo de medicamentos que têm o objetivo de restabelecer o equilíbrio da comunicação dos neurônios. Atualmente temos vários tipos de antidepressivos, cada um com sua indicação específica. Alguns exemplos são:
• Amitriptilina, nortriptilina, imipramina
Os antidepressivos de um modo geral não causam sonolência, nem dependência e não precisam ser tomados para o resto da vida. Uma característica importante é que o início dos efeitos não é imediato, necessitando de um período de aproximadamente 3 a 4 semanas para começar a mostrar resultados. Da mesma forma, deve-se ter em mente que o tratamento da depressão é demorado, levando em média de 4 a 6 meses, podendo estender-se até um ano ou mais. Isso tudo vai depender da gravidade da doença e da resposta do paciente ao tratamento.
A psicoterapia é de extrema importância pois ajuda a pessoa a reconhecer a doença e que precisa de ajuda, e a identificar pontos importantes que possam ter contribuído para o desenvolvimento da depressão, ao mesmo tempo em que possibilita a elaboração de estratégias para driblar esses fatores. Associada aos antidepressivos, leva a excelentes resultados.
Em primeiro lugar deve-se compreender que a pessoa não tem culpa de estar deprimida, e que ela não pode simplesmente sair dela. Tentar animar a pessoa deprimida, mostrando as coisas boas da vida, na maioria das vezes só piora as coisas. Você se sentirá frustrado e a pessoa deprimida se sentirá mais culpada ainda. Algumas atitudes, entretanto, podem ser extremamente úteis:
• Escutar a pessoa deprimida: encorajar a pessoa a falar sobre seus sentimentos, oferecer apoio; não tente resolver os problemas dela, apenas escute