sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Melatonina: O Hormônio do Sono

Tudo estava quieto na residência dos Jones. Repentinamente houve uma agitação no quarto. Richard esfrega os olhos e fita o relógio. " Oh, não! Dormimos demais. São 7h30. Levante-se e acorde as crianças. Todos temos de sair.” De repente instalou-se um pandemônio no lar dos Jones.

O que fez a diferença nesses poucos momentos? Uma consciência de tempo e sua pressão. Todos nós geralmente reconhecemos que estamos vivendo num ambiente premido pelo tempo, quer tenhamos dormido demais nesta manhã ou não. Freqüentemente parece que não há horas suficientes no dia. Ansiamos por mais energia para realizar tudo o que queremos ou precisamos fazer. Às vezes pode parecer que estamos lutando com inimigas gêmeas: a frustração e a fadiga.
A fadiga é um dos grandes problemas mundiais. Estudos realizados nos Estados Unidos e no Exterior sugerem que nos países ocidentais, milhões de pessoas enfrentam problemas significativos com a fadiga. Nos Estados Unidos, a fadiga é uma das 10 razões mais comuns para consultas médicas.1 Para piorar as coisas, uma grande parte das pessoas afetadas pela fadiga não pode adormecer quando vai para a cama. Dados recentes obtidos nos Estados Unidos indicam que cerca de 3.3 milhões de pacientes, anualmente, visitam seus médicos tão-somente por motivo de insônia.2 Crê-se que indivíduos idosos estão em maior risco de sofrer esse problema. Cerca de 34% dos americanos acima de 65 anos de idade têm problemas com insônia.3

Um estudo recente descobriu que os problemas do sono são comuns mesmo entre jovens com idade entre 17 e 30 anos. Os pesquisadores estudaram cerca de 3.000 indivíduos com problemas de sono como dificuldade de adormecer, despertamentos constantes, "sono interrompido", cochilos durante o dia, pesadelos, despertar muito cedo ou acordar cansado. Somente 36% responderam que eles não tinham nenhum problema desse tipo.4

Nos países ocidentais, insônia e problemas relacionados foram documentados até em crianças em idade pré-escolar. Por exemplo, um estudo alemão descobriu que 12% de crianças entre quatro e cinco anos tinham dificuldade de adormecer.5 A pesquisa é clara. Por uma variedade de motivos, milhões de pessoas literalmente em todo o mundo estão clamando com razão: “Por que estou tão cansado? E o que posso fazer a respeito?”

A essa altura entra em cena um suplemento nutricional chamado melatonina. Em 1993, em todos os Estados Unidos, os jornais publicaram o texto da pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Os cientistas haviam demonstrado que pequenas quantidades de melatonina agiam como auxiliar natural do sono.6 A popularidade da melatonina cresceu em 1994, quando a imprensa secular informou que ela poderia reduzir o jet lag (condição caracterizada por fadiga e irritação, em virtude de mudanças de fusos horários em vôos de longa distância e duração).7 O interesse na melatonina cresceu posteriormente à medida que os principais periódicos continuaram atiçando o fogo. No dia 7 de agosto de 1995, a NEWSWEEK apresentou a melatonina.8 Desde então, a substância tem continuado a receber entusiásticas críticas, e demonstrou sua capacidade de gerar vendas de milhões de dólares para as livrarias e estabelecimentos de alimentos saudáveis. Quando um dos principais pesquisadores sobre melatonina do mundo, o Dr. Russel J. Reiter, escreveu em 1995 um livro sobre o assunto, ele deu uma notável indicação da popularidade da melatonina. Ele observou que 24 diferentes empresas norte-americanas estavam comercializando o hormônio. Além disso, uma corrente caudalosa de novas empresas estava entrando mensalmente no mercado.9

A melatonina não é uma substância estranha ao corpo, mas um hormônio natural por ele produzido e encontrado em certos alimentos. Embora os suplementos melatonínicos sejam um sucesso comercial, há outra linha de pesquisa particularmente excitante com relação a esse hormônio. Em outras palavras, estamos aprendendo que podemos alavancar a produção de melatonina em nossos próprios corpos por meios naturais, sem termos de recorrer a dispendiosos suplementos.
Livro "Uma Prova Positiva" cap 9 — Dr. Neil Nedley