Foram descobertos alguns benefícios reprodutivos da melatonina. Um estudo sul-africano descobriu que homens com altas quantidades de melatonina em seu sangue tinham elevadas percentagens da substância em seu fluído seminal. Esses indivíduos tiveram melhor motilidade espermática e maior qualidade associada à fertilidade.53
Há outras evidências que sugerem que a melatonina pode interferir nas funções sexuais e reprodutivas. Níveis elevados de melatonina impedem que os animais passem pela puberdade.54 Essa ação é chamada de "efeito antigonadotrópico”.55 A história de um jovem de 20 anos, o qual nunca passou pela puberdade, ilustra esse efeito. Ele foi avaliado em razão de sua demora em atingir a maturidade sexual, e descobriu-se que possuía níveis de melatonina cinco vezes mais altos que o normal. Ele somente passou pela puberdade depois que seus níveis de melatonina se reduziram aos limites normais.56
Níveis de melatonina excessivamente altos também estão associados à infertilidade em seres humanos. Um estudo recente feito em atletas do sexo feminino, descobriu que aquelas que haviam cessado seus ciclos menstruais, tinham níveis de melatonina duas vezes maiores do que as atletas que ainda menstruavam.57 Isso evoca a questão da galinha ou do ovo. Como veremos posteriormente, níveis mais elevados de melatonina podem resultar dos exercícios. Por sua vez, é possível que os níveis mais elevados de melatonina resultantes, deprimam as funções reprodutivas da mulher.58 Assim, níveis anômalos e elevados de melatonina (tais como os obtidos pela ingestão de suplementos ou decorrentes de vigoroso treinamento atlético) podem trabalhar contra os interesses reprodutivos da pessoa.
Livro "Uma Prova Positiva" cap 9 — Dr. Neil Nedley